sábado, 28 de junho de 2014

Especial: Copa do Mundo - Parte II

Inglaterra já deixou a Copa, França continua na disputa, mas, independentemente do resultado, o Into Movies continua trazendo para vocês alguns ótimos filmes já feitos mundo afora. Caso tenha perdido a primeira parte, clique aqui para ler.

FRANÇA

Intouchables (2011) “Intocáveis”


Diretores: Olivier Nakache e Eric Toledano
Elenco: François Cluzet, Omar Sy, Anne Le Ny

“Intouchables” é um filme francês que alcançou bastante popularidade e não foi por acaso. A história mescla drama e comédia para tratar de forma humorada da relação entre Philipe (François Cluzet), um milionário paraplégico, e Driss (Omar Sy), seu cuidador. O choque social começa por este ser um senegalês que acabou de sair da prisão, após cumprir seis meses de pena, e não tem a menor experiência como auxiliar de alguém que precisa de cuidados especiais – inclusive para tomar banho. Ainda que um pouco desastrado, Driss acaba contagiando seu chefe com sua atitude irreverente e os dois acabam desenvolvendo uma bonita amizade. “Intouchables” é o filme francês mais rentável da história e a terceira maior bilheteria do país de origem, chegando a ser indicado ao Globo de Ouro.

La Môme (2007) “Piaf – Um Hino ao Amor”


Diretor: Olivier Dahan
Elenco: Marion Cotillard, Sylvie Testud, Pascal Greggory

“La Môme” estreou com uma fórmula que dificilmente poderia dar errado: propor-se a biografar uma das maiores cantoras francesas (se não a maior) de todos os tempos e tem como protagonista alguém do naipe de Marion Cotillard, hoje também conhecida por ter participado de “Inception” (“A Origem”) e “The Dark Knight Rises” (“Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”). Foi este filme, aliás, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz Principal. O título original intriga quem não conhece muito bem a história de Édith Piaf: ele foi dado em razão do apelido da artista, nascida Édith Giovanna Gassion, ser La môme piaf, francês para “pequeno passarinho”. Para quem a via se apresentando, não era difícil descobrir o porquê do epíteto: Édith, apesar de sua aparência mirrada, tinha uma voz potente e encantadora, que até hoje pode ser ouvida reverberando por aí – muitos, inclusive, ainda a consideram a melhor intérprete de “La Vie em Rose” (que, aliás, é o título do filme em inglês). O fato é que “La Môme” não deixa a desejar, sendo bastante fiel aos acontecimentos da vida da cantora, do seu auge a sua decadência, com Marion representando quase que impecavelmente do início ao fim. Da trilha sonora, não precisa dizer nada, apenas que as canções são as originais na voz de Piaf. Ah, e para quem é fã do consagrado ator Gérard Depardieu, ele também faz uma ponta neste clássico do cinema francês do século XXI.

INGLATERRA

The Third Man (1949) “O Terceiro Homem”

Diretor: Carol Reed
Elenco: Joseph Cotten, Alida Valli, Orson Welles

Talvez seja um pouco complicado de entender, para quem ainda não teve a chance de assistir ao clássico britânico, como um filme noir, em preto-e-branco, lançado há mais de 60 anos, pode ser considerado por tantos críticos um dos melhores filmes já produzidos pela Terra da Rainha. Por outro lado, apenas ver o famoso Orson Welles, de “Citizen Kane” (“Cidadão Kane”) entre as estrelas do filme já pode servir de indício para o alto nível da película – embora ele apareça por poucos minutos. O enredo não é lá muito inovador: conta a história de Holly Martins (Joseph Cotten), um jornalista que resolve investigar a morte de seu amigo Harry (Orson Welles); no meio disso, claro, ele conhece uma bela mulher, Anna (Alida Valli), e compra inimizade com algumas autoridades que parecem não querer que o caso seja reaberto. Apesar de semelhante a outros thrillers, o “The Third Man” é uma grande obra que prende o espectador e não decepciona, não sendo exagero dizer que é um dos filmes mais interessantes da década de 40.

The 39 Steps (1935) “39 Degraus”


Diretor: Alfred Hitchcock
Elenco: Robert Donat, Madeleine Carroll, Lucie Mannheim

Mais um filme britânico com bastante ação, mas sem James Bond, desta vez dirigido pelo ilustre mestre do suspense Alfred Hitchcock. Apesar de Hitchcock ter se mudado para os Estados Unidos em 1939 (e posteriormente se tornado um cidadão estado-unidense), seu início de carreira foi na Inglaterra, onde inclusive nasceu e dirigiu algumas obras, entre elas “The 39 Steps”, tida em alta conta pelos críticos de cinema. Guardando algumas semelhanças com “The Third Man”, aqui também somos apresentados a um homem, Richard (Robert Donat), que está de férias em Londres e acaba se envolvendo com uma mulher agente de contraespionagem. Após um assassinato, porém, Richard passa a ser perseguido e, ao mesmo tempo em que precisa fugir, tenta desvendar todo o mistério. Uma curiosidade é que o diretor, a fim de trazer mais realismo a uma das cenas e aumentar a afinidade entre Robert Donat e Madeleine Carroll, os dois protagonistas, algemou-os juntos e, por várias horas, fingiu ter perdido as chaves. Neste filme, a propósito, é a primeira vez em que Hitchcock utiliza a técnica McGuffin, que basicamente consiste em um elemento da trama que parece central, mas que, na realidade, não tem verdadeira relevância. Vale a pena conferir!

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