quinta-feira, 12 de junho de 2014

Especial: Dia dos Namorados

Estando você solteira/o ou namorando, de vez em quando nada melhor do que assistir a um filme que diga sobre este tema universal que é o amor e os relacionamentos. Pensando nisso, separamos doze sugestões especiais no dia de hoje, para serem assistidos em boa companhia – nem que a companhia seja você mesma/o.


Gone with the Wind (1939) “...E o Vento Levou”
Diretor: Victor Fleming
Elenco: Clark Gable, Vivien Leigh, Thomas Mitchell

É quase inconcebível uma lista como esta sem o clássico dos clássicos entre os filmes de romance. Scarlett O’Hara (Vivien Leigh) e Rhett Butler (Clark Gabel) formam um dos casais mais arrebatadores da sétima arte, mesmo mais de 70 anos depois de sua estreia. O filme, com quase quatro horas divididas em duas partes, apesar de ser tido como romântico, trata de um amor não-correspondido de Rhett por Scarlett, que acaba se casando com outro no início da história. O final, entretanto, é inesperado e cativa mesmo os mais indiferentes. Se o tempo de duração desanima um pouco, vale a pena assistir nem que seja para ver Scarlett soltando aquela que é uma das mais famigeradas citações de todos os tempos: “Frankly, my dear, I don’t give a damn”.


Casablanca (1942) “Casablanca”
Diretor: Michael Curtiz
Elenco: Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid

“Casablanca” não é apenas um filme de romance, é um clássico – que frequentemente figura nas listas dos melhores filmes de todos os tempos – e que envolve drama, suspense e uma química invejável entre Rick Blaine (Humphrey Bogart) e Ilsa Lund (Ingrid Bergman). O fato de ser em preto-e-branco não diminui nem um pouco a magia do enredo, inserido em no contexto histórico do nazismo. Além da famosa frase “We'll always have Paris” (“Nós sempre teremos Paris”), proferida por Rick, ainda tem em sua trilha sonora a belíssima “As Time Goes By”, ideal para embalar os casais no dia de hoje.


Annie Hall (1977) “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”
Diretor: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Diane Keaton, Tony Roberts

Como grande parte dos filmes de Woody Allen, a) ele participa como ator; b) ele expõe relacionamentos incomuns, sempre em nome da comédia. “Annie Hall” não é um filme normal de amor: nele, somos apresentados ao neurótico Alvy Singer (Woody Allen) e a sua também neurótica namorada Annie Hall (Diane Keaton), desde o primeiro encontro – momento em que eles percebem o quanto se dão bem um com o outro. Em uma das cenas mais bonitas, Alvy cria alguns neologismos – como “lurve” e “luff” – para expressar seus sentimentos por Annie, já que “love” (amar) não era o suficiente. A história, co-escrita pelo diretor, traz desde questões existenciais e sexuais até indagações das mais impensáveis sobre os relacionamentos humanos.


When Harry Met Sally... (1989) “Harry e Sally - Feitos um para o outro”
Diretor: Rob Reiner
Elenco: Meg Ryan, Billy Crystal, Carrie Fisher

É bem provável que você já tenha visto esta comédia-romântica, mas, se ainda não viu, é o que deveria fazer agora. A premissa de dois recém-formados que se odeiam e acabam se apaixonando um pelo outro pode parecer muito clichê, mas a presença de Billy Crystal e Meg Ryan no filme – que funcionam muito bem como um casal – já é uma razão fortíssima para explicar por que tanta gente o elege como uma das comédias mais apaixonantes de todas. Todavia, “When Harry Met Sally...” não é tão piegas quanto pode parecer, tanto que sua cena mais conhecida é aquela em que Sally (Meg Ryan) finge um orgasmo em um restaurante; aliás, esse restaurante existe de verdade e, na mesa em que a cena foi gravada, colocou uma placa em que se lê: “Congratulations! You're sitting where Harry met Sally” (“Parabéns! Você está sentado onde Harry se encontrou com Sally”, em português).


Before Sunrise (1995) “Antes do Amanhecer”
Diretor: Richard Linklater
Elenco: Ethan Hawke, Julie Delpy

Antes de mais nada, é preciso que se diga que, aqui, inclui-se não apenas “Before Sunrise”, mas “Before Sunset” (Antes do Pôr do Sol) e “Before Midnight” (Antes da Meia-Noite); juntos, esta talvez seja uma das mais encantadoras trilogias a tratar do amor. Porque, muito além das discussões filosóficas que muitos enxergam nas obras de Linkater, a trilogia é, basicamente, sobre amor em sua forma mais complexa e sobre a vida do norte-americano Jesse (Ethan Hawke) e da francesa Celine (Julie Delpy), que, em uma viagem de trem como qualquer outra, acabam tendo suas vidas e seu destino entrelaçados. Uma das melhores sugestões para o dia de hoje.


Romeo + Juliet (1996) “Romeu + Julieta”
Direção: Baz Luhrmann
Elenco: Leonardo DiCaprio, Claire Danes, John Leguizamo

De todos os selecionados da lista, “Romeo + Juliet” é que mais dispensa apresentações. A história clássica de William Shakespeare permeia o imaginário de pessoas ao redor de todo mundo e, apesar de não serem tantos os que conhecem o drama em detalhes, não é segredo para ninguém o desfecho trágico do romance entre o jovem casal, pertencentes a famílias rivais. Nesta versão – apenas uma entre muitas –, os Montéquio e os Capuleto vivem em Verona Beach, nos dias atuais, o que traz um novo fôlego à adaptação da maior obra do maior escritor de toda a literatura inglesa. Destaque para a trilha sonora, que conta com bandas bastante atuais, como Radiohead e Garbage.


10 Things I Hate About You (1999) “10 Coisas que Eu Odeio em Você”
Diretor: Gil Junger
Elenco: Heath Ledger, Julia Stiles, Joseph Gordon-Levitt

Quando falamos em Heath Ledger, talvez este não seja o primeiro filme dele que lhe venha à cabeça, nem o segundo, mas, dentre todos os trabalhos do ator, “10 Things I Hate About You” é, de longe, um dos mais divertidos – e um dos mais reprisados na TV. Além da chance de ver o eterno “Coringa” em uma performance romântica e empolgante – com direito a um cover de “Can’t Take My Eyes off You”, de Frankie Valli –, ainda temos uma sarcástica e decidida Julia Stiles, que tem outras prioridades antes de se envolver com garotos. Como bônus, a produção ainda traz Joseph Gordon-Levitt, que, na época, tinha apenas 18 anos. O filme, que teve uma excelente repercussão, também é baseado, tal qual o anterior, em um livro de Shakespeare: “A Megera Domada”.


Punch-Drunk Love (2002) “Embriagado de Amor”
Diretor: Paul Thomas Anderson
Elenco: Adam Sandler, Emily Watson, Philip Seymour Hoffman

O título em português não empolga muito; ter o Adam Sandler entre os protagonistas, talvez também não. Entretanto, “Punch-Drunk Love” não é uma comédia escrachada, mas um drama romântico com Adam em sua melhor forma e participação especialíssima de Philip Seymour Hoffman, que infelizmente nos deixou ano passado. A direção de Paul Thomas Anderson é admirável e garantia de que esta não é apenas mais uma comédia romântica como as outras. Um dos maiores trunfos do filme é conseguir captar as várias fases de um confuso, inspirado e apaixonado Barry Egan (Adam Sandler).


Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004) “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”
Diretor: Michel Gondry
Elenco: Jim Carrey, Kate Winslet, Tom Wilkinson

Para quem estava acostumado a ver Jim Carrey apenas em papéis engraçados, certamente se surpreendeu com a performance do ator neste que é um dos filmes mais bonitos dos últimos tempos. Jim interpreta Joel Barish, um cara que, para esquecer Clementine Kruczynski (Kate Winslet) – com quem se envolveu intensamente –, aceita se submeter a um procedimento de “apagamento de memória”, depois de descobrir que a moça supostamente fez o mesmo para esquecê-lo. Acho que não precisa muito mais para convencer de que, se você ainda não viu este filme incrível, hoje é um ótimo dia para fazê-lo; mesmo se, como Joel, você achar que o dia dos namorados é “um feriado inventado pelas companhias de cartões festivos para fazer as pessoas se sentirem um lixo”.


50 First Dates (2004) “Como se Fosse a Primeira Vez”
Direção: Peter Segal
Elenco: Adam Sandler, Drew Barrymore, Rob Schneider

De todos os filmes aqui, este talvez seja o mais despretensioso e, por que não, o mais engraçado. Até quem não é fã do Adam Sandler tem que admitir que “50 First Dates” pode ser “água-com-açúcar”, mas nem por isso deixa de fazer você rir e se emocionar bastante com a história de Lucy Whitmore (Drew Barrymore), cuja memória dura apenas um dia, até que ela dorme e todas as suas lembranças dos últimos anos são apagadas. O problema é que Henry (Adam Sandler) se apaixonou por ela e, devido à condição de Lucy, precisa conquistá-la dia após dia novamente. O humor do filme pode não ser dos mais apurados, mas ele certamente cumpre a missão a que se propõe. E, para não haver dúvidas de que este filme merecia estar na lista, é só lembrar que ele tem The Beach Boys na trilha sonora, com o contagiante sucesso “Wouldn’t It Be Nice”.


Wall-E (2008) “Wall-E”
Diretor: Andrew Stanton
Elenco: Bem Curtt, Elissa Knight, Jeff Garlin (vozes)

Para quem nunca assistiu “Wall-E”, pode parecer estranho ver uma animação na lista; quem já viu, no entanto, sabe que não é preciso atores de verdade para fazer emocionar. Desde “Toy Story” e ao longo dos anos, o estúdio Pixar foi aprimorando cada vez mais sua habilidade de tornar humanos personagens como brinquedos, animais e carros, encontrando a chave para provocar a empatia dos espectadores. “Wall-E”, provavelmente, é o mais emblemático exemplo disso, já que durante toda primeira metade do filme não há falas, apenas os “bips” emitidos pelo simpático robozinho, que foi deixado na Terra com a missão de limpar toda a gerada deixada pelos humanos antes de abandonarem o planeta. As melhores cenas, porém, acontecem depois que ele encontra Eve, uma robô aparentemente insensível aos sentimentos do desajeitado Wall-E. Entretanto, aos poucos a amizade deles vai crescendo e se transforma em uma das mais tocantes histórias de amor robótico do cinema.


Blue Valentine (2010) “Namorados Para Sempre”
Diretor: Derek Cianfrance
Elenco: Ryan Gosling, Michelle Williams, John Doman

Para fechar o post com estilo, um drama profundo sobre o relacionamento de Dean (Ryan Gosling) e Cindy (Michelle Williams), que começa a se desgastar. O enredo se desenvolve, então, mostrando os dilemas do casal e os sentimentos de cada um em relação ao casamento. Tristemente, o casamento de Michelle teve fim no período de gravações: seu cônjuge na vida real era Heath Ledger, que faleceu em 2008; por conta disso, a produção foi suspensa e retomada algum tempo depois. “Blue Valentine”, cujo roteiro chegou a ser premiado, é ao mesmo tempo uma obra delicada e que te faz refletir.


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