segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Planeta dos Macacos: O Confronto




ALERTA DE SPOILER

Após dez anos dos acontecimentos do primeiro filme do reboot da saga, Planeta dos Macacos: O Confronto mostra um César mais velho e rei - diferentemente do suposto rei César visto em A Batalha pelo Planeta dos Macacos, de 1973 -, enquanto grande parte da humanidade sofre com o vírus símio. Logo nas cenas de abertura, é mostrada a velocidade com que o vírus se espalhou, e o terror e desespero que ele causou no planeta.

O roteiro possui leves semelhanças com o quinto filme da saga original. Os humanos não foram completamente aniquilados, mas os que sobreviveram entraram em guerra com os macacos, que passaram a dominar. Enquanto os humanos lutam para sobreviver, César lidera os macacos, montando uma pequena cidade que lembra à do filme de 73, com a ajuda de Rocket (Terry Notary), o macaco que "recebeu" César no filme anterior, Maurice (Karin Konoval), o orangotango, e Koba (Toby Kebbell), o que era coberto de cicatrizes, que também foi visto em A Origem. 



Koba possui ódio pelos humanos, já que eles o maltrataram, vendo apenas o lado ruim deles. Enquanto César tenta evitar a guerra, o outro faz de tudo para ter sua vingança, fazendo até uma tentativa - que ao decorrer do filme se mostra falha - de matar seu rei, colocando todos os macacos contra os humanos. 

Novamente, a crítica volta, em um diálogo - feito por meio de sinais, já que os macacos ainda sentem dificuldade em falar - em que César diz que os humanos se mataram e se destruíram, e que com os macacos é diferente, pois lá eles são família. O lema visto nos filmes anteriores "macaco não mata macaco" é mostrado em uma cena em que Maurice ensina aos jovens chimpanzés, sendo reforçado por César e Koba. É reforçado tantas vezes, que no final do filme, é possível prever as últimas frases de Koba. Após uma luta violenta contra César, ele está para cair de uma grande altura e pede ajuda ao inimigo, dizendo o lema. César, então, diz que Koba não é um macaco, e logo após, o vilão da história morre.


Um dos nomes que mais chama atenção no elenco é o de Gary Oldman, mas no filme ele quase não é visto. O humano principal é Jason Clarke (vivendo o personagem Malcom), que tem uma boa atuação - não é nada que se destaque entre outros, mas também não falha hora alguma. O resto do elenco segue o mesmo esquema, e - talvez por não ter tido espaço suficiente no filme - Gary Oldman também deixa a desejar.



Andy Serkis - que exclui apresentações - está mais uma vez em uma atuação incrível. Não só conseguiu ser um excelente Gollum, King Kong e o próprio César ingênuo e que temia tudo, como agora ele é o rei. Por mais que sua presença e voz ponham ordem, Koba - que é uma espécie de Aldo do filme de 73 - obedece seu rei até um certo momento. 

Com bons efeitos especiais e a mesma crítica presente em todos os filmes da série (sendo cansativo em alguns dos filmes antigos) e também dando uma explicação mil vezes melhor para a destruição da raça humana - sendo no antigo dada pela morte dos cães e gatos, e os chimpanzés foram adotados como bichos de estimação, que depois se revoltaram - Planeta dos Macacos: O Confronto é o melhor da série - excluindo, é claro, o original de 68. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário